domingo, 17 de abril de 2016

Leishmaniose

LEISHMANIOSE

A Leishmaniose é uma doença infecciosa, porém não contagiosa causada por protozoários do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo. Há dois tipos de Leishmaniose: Leishmaniose tegumentar ou cutânea (mais conhecida como úlcera de Bauru ou ‘’ferida brava’’) e a Leishmaniose visceral ou calazar.

 A leishmaniose tegumentar (provocada por três espécies do protozoário: a Leishmania braziliensis, a L. guyanensis e a L.amazonensis) caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta.

A leishmaniose visceral (causada pelo protozoário Leishmania chagasi) é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea, onde o parasita destrói as células de defesa do organismo (leucócitos), deixando a pessoa exposta a infecções diversas. Esse tipo de leishmaniose ataca essencialmente crianças de até dez anos (após essa idade, torna-se menos freqüente). É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.
 
                                          Leishmania

Transmissão


 A leishmaniose é transmitida pelas fêmeas do mosquito do gênero Lutzomyia, conhecidos como ‘’mosquito – palha’’ ou ‘’birigui’’, que têm hábitos noturnos e habitam locais úmidos e escuros próximos a depósitos de lixo orgânico perto de rios e lagos.

As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos hematófagos (que se alimentam de sangue), que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém o hospedeiro também pode ser o cão doméstico.
Na leishmaniose cutânea, os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral, a principal fonte de infecção é a raposa do campo. 

 
                                  Lutzomyia

 Sintomas




           Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose. No caso da tegumentar, surge uma pequena elevação avermelhada na pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode estar recoberta por crosta ou secreção purulenta. Há também a possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões inflamatórias no nariz ou na boca. Na visceral, ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas, perda de peso, inchaço abdominal devido ao aumento do fígado e do baço.


Diagnóstico


O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte. 

Medidas Profiláticas (de prevenção)



*Evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata;


*Fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde;


*Evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata;


*Utilizar repelentes na pele, principalmente quando estiver em matas de áreas onde há a doença;


*Usar telas protetoras em janelas e portas;


*Eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos humanos.


 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS




Livro: Ser Protagonista Biologia – Volume 2, obra coletiva produzida por Edições SM

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