domingo, 5 de junho de 2016

Poríferos


Estrutura dos poríferos


O filo dos poríferos, que vem do latim porus (poro), e ferrer (ter) é constituído basicamente pelos seres chamados de esponjas. São os primeiros do Reino Animal a possuir cooperação e comunicação celular, além da substância colágeno, que impede que as células se separem.
Suas células herdaram características de duas organizações celulares. Dos coanócitos ela recebeu a capacidade de capturar o próprio alimento, além da produção de um fluxo de água. Dos amebícitos ela obteve a capacidade de regeneração, transportar os nutrientes para todas as células e também dos gases (CO2 e O2).

      
         As esponjas são animais sem simetria ou com simetria radiada, diploblásticos, acelomados e sem cavidade digestiva.

          A simplicidade da estrutura das esponjas é tal que, se forem trituradas e passadas por uma peneira, de modo a separar as suas células, estas poderão reagrupar-se e formar novamente uma esponja, em tudo semelhante á original. Embora pluricelulares, os poríferos têm uma estrutura corporal diferente dos demais metazoários, as células do corpo das esponjas apresentam mesmo um certo grau de independência, sem coordenação por células nervosas e não se organizam em tecidos, não apresentando, portanto, tecidos verdadeiros, nem sistemas de órgãos.

         Outro aspecto intrigante da biologia das esponjas é o fato de serem os únicos animais cuja abertura principal do corpo é exalante. No entanto, a maioria das esponjas reage ao toque, especialmente em volta da sua abertura principal, embora os estímulos sejam conduzidos lentamente, provavelmente célula a célula.

         A parede do corpo é constituída por 2 camadas celulares. A camada externa é formada por células achatadas, os pinócitos formando uma espécie de epiderme designada pinacoderme (embora não seja um verdadeiro tecido). Entre os pinócitos, há células maiores e alongadas que se estendem desde a parede externa até a parede interna, células dotadas de um poro central, designado poro inalante, que as atravessa de lado a lado. São os porócitos, células que possuem um canal em seu interior. Localizam-se a espaços regulares na parede do corpo da esponja que permite a entrada de água do exterior para a espongiocela, através da abertura chamada óstio.

          A camada interna é formada por células flageladas providas de um colarinho, uma formação membranosa que envolve o flagelo. Essas células, chamadas coanócitos, revestem a esponjiocela e outras câmaras vibráteis internas das esponjas. O batimento de seus flagelos faz com que a água existente em seu interior da cavidade saia pelo ósculo e crie a corrente de água que traz nutrientes e gases. Os nutrientes são filtrados pelo “colarinho” da célula, que não é uma estrutura sólida, mas sim um conjunto de pequenos bastonetes erectos e separados por espaços. Qualquer partícula orgânica ou microrganismo plantônico aprisionado no colarinho é encaminhado para baixo, em direção ao corpo celular e endocitado, ocorrendo uma digestão intracelular, em vacúolos digestivos. Posteriormente os nutrientes são difundidos para a mesogleia ou célula a célula.

         Entre as camadas internas e externas há uma mesênquima gelatinosa, nas quais se encontram células e espículas. As células são dotadas de movimentos ameboides e por isso são denominados amebócitos. São responsáveis pelo crescimento e capacidade de regeneração, pois podem originar todos os restantes tipos de célula (exceto os coanócitos) e produzir as espículas do esqueleto. Estas células podem, ainda, transferir os nutrientes presentes na mesogleia para as restantes células e retirar os produtos de excreção para o espongiocélio. São, ainda, responsáveis pela formação dos gametas;

          As partículas alimentares em suspensão penetram no corpo da esponja através de poros microscópicos – poros inalantes - na sua parede lateral e a água filtrada é retirada através de uma abertura maior – ósculo – na zona oposta á base. Em certas espécies, o ósculo pode ser lentamente fechado. O ósculo encontra-se quase sempre acima do resto do corpo do animal, uma adaptação importante, pois evita a recirculação de água á qual já foram retirados alimento e oxigênio e adicionados resíduos.

         As espículas são elementos esqueléticos que sustentam a parede do corpo e mantêm a esponja ereta.




Referências:

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/bioporifero.php


http://www.coladaweb.com/biologia/reinos/poriferos
 


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