A Radioatividade e a Química
Definindo a radioatividade
A Radioatividade é um fenômeno natural
ou artificial. Nele algumas substâncias ou elementos químicos, chamados
radioativos, emitem radiação e podem, por exemplo, ter a propriedade de
impressionar placas fotográficas, ionizar gases, produzir fluorescência,
atravessar corpos opacos à luz ordinária etc.
A história
Podemos dizer que a história da
radioatividade começa com o físico francês Henri Becquerel. Em 1896 ele
descobriu a radioatividade do urânio e de outras substâncias.
O físico concluiu que a radiação era
provocada pela instabilidade dos núcleos de certos átomos. Ele publicou
diversos estudos sobre a absorção da luz e a fosforescência no urânio,
percebendo a existência de três tipos diferentes de resultados, que acabou
dividindo a radiação em três ramos: o alfa, o beta e o gama.
Isso só foi possível após estudos sobre
os Raios-X, feitos em 1895 pelo físico alemão Wilhelm Konrad Röntgen que
descobriu acidentalmente um raio que possibilitava uma maneira de ver através
do corpo humano.
Como ele não sabia a natureza desse novo
raio, ele chamou-o de Raio-“X”. Essa descoberta levou Becquerel a realizar
experimentos utilizando filme fotográfico e urânio.
O casal Pierre Curie e Marie Curie juntamente
com Becquerel descobriu a propriedade do urânio de emitir raios que
impressionavam um filme fotográfico, após diversos experimentos feito com ele. Marie Curie batizou essa propriedade do urânio
de radioatividade.
Anos
mais tarde, o físico neozelandês Ernest Rutherford realizou um experimento que
mostrava que a radioatividade surgia do núcleo do átomo, após bombardear
partículas alfa em uma fina lâmina de ouro.
E após diversos estudos foi descoberta a
Radioatividade. Nem todos trataram esse material com o devido cuidado. Mas hoje
sabemos o quanto ele pode ser perigoso.
Radiação e o homem
RADIAÇÃO ALFA
As
Partículas Alfa possuem um alcance (distância que ela percorre antes de parar)
muito pequeno, por isso são facilmente blindadas (uma fina folha de alumínio
pode barra-la completamente). Elas podem ser inofensivas, visto que não
conseguem ultrapassar as células mortas da pele de uma pessoa. Porém a inalação
ou ingestão delas é muito perigosa.
RADIAÇÃO BETA
Ela
é uma partícula de carga negativa (o elétron). São constituídas pelas
partículas emitidas pela maioria dos nuclídeos radioativos naturais ou artificiais.
Ela possui maior penetração que as partículas alfa, mas se for ingerido os
efeitos são muito mais extensos.
RADIAÇÃO GAMA
A
radiação é uma onda eletromagnética. Essa substância possui um poder de
penetração muito grande. É obtida na maioria pelos nuclídeos radioativos.
Porém, quando o material radioativo for beta ou gama é necessário uma barreira
entre o operador e a fonte.
A radiação gama é a mais perigosa. Ele não
é tão energético, porém quando atravessam o corpo humano podem causar malformações
nas células. Ela só é contida por uma parede de concreto ou por algum tipo de
metal.
RAIOS-X
Os Raios-X podem atravessar o corpo
humano, mas durante a travessia sofre um enfraquecimento, provocando a
iluminação de certos sais minerais. Ele
é usado para o diagnóstico e terapia, pois com ele podemos enxergar os ossos do
corpo e os tecidos.
RADIAÇÃO DE NÊUTRONS
Nêutrons são partículas muito penetrantes.
Elas podem surgir de colisões de átomos da atmosfera e pela quebra ou ficção de
átomos em um reator nuclear. Água e concreto são usadas para barrar a radiação
por nêutrons.
INFRAVERMELHO
É uma radiação eletromagnética invisível, que
são emitidas pelos corpos aquecidos. São utilizadas para o aquecimento de
interiores e o tratamento de doenças de pele e dos músculos.
ULTRAVIOLETA
É produzida por descargas elétricas em
tubos de gás. Ela é também enviada pelo Sol, cujo 5% de seus raios consistem
nesta radiação. Porém a camada de ozônio protege a vida na terra desses raios.
Ela
é utilizada para o tratamento do Raquitismo e doenças de pele, enriquecimento
de leite e ovos com vitamina D.
Essa radiação é dividida em três classes: a
UV-A, a UV-B e a UV-C. As ondas que possuem menor período são as mais perigosas
ao organismo vivo. A UV-A é a mais perigosa e podem causar queimaduras na pele.
Radiação e Meio Ambiente
Na verdade, o material
nuclear libera substâncias radioativas no ar, no solo e na água, contaminando
todos os ecossistemas e as pessoas. O enriquecimento e a fissão nuclear do
urânio dão origem a dois subprodutos extremamente perigosos: o Césio e o Iodo
Radioativo.
O grande problema da
radiação no meio ambiente está no tempo de contaminação. Os especialistas
explicam que, além de contaminar a vida existente, os índices de radioatividade
nesses lugares permanecem altos por décadas e gerações são atingidas pelos
efeitos colaterais. Em termos práticos, a radiação não torna o solo infértil,
mas contamina as novas plantações.
O decaimento
radioativo, processo em que os isótopos radioativos perdem energia
espontaneamente, tornando-se átomos mais estáveis e não radioativos, pode levar
dias (iodo radioativo) ou décadas (césio). Outro detalhe interessante é que o
césio permanece por até 30 dias no corpo humano, mas pode durar mais de 60 anos
no meio ambiente, contaminando novamente as pessoas.
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