sábado, 10 de setembro de 2016

Filosofando



Sócrates
“O único bem é a sabedoria e o único mal é a presunção de saber.”

O filme “Sócrates” retrata a vida desse grande filósofo da Grécia Antiga, que viveu em Atenas. O filme mostra como Sócrates ensinava nas ruas e praças da cidade e como muitos o consideravam um perigo, podendo-se concluir quão grande podia ser a modificação dos pensamentos das pessoas sob sua influência. De certo modo, suas opiniões demonstravam uma afronta contra o governo e aos deuses da cidade grega, embora suas palavras tivessem grande sabedoria.
Seu conhecido “método socrático” era dividido em duas linhas de discursões filosóficas. Um deles era a Ironia onde ele dizia que nada sabia, destacando a sua “falsa ignorância” e fazia uma série de perguntas que destruíam a ideia antes proposta.
Há duas cenas que retrata esse seu modo de mudar a opinião do outro. Uma delas é a que ao ver Hípias indo em direção ao Ginásio dar um dircurso sobre a genealogia dos heróies, eles conversam. Sócrates pergunta o que é a beleza para ele e através das respostas ele vai fazendo novas perguntas que contradizem o argumento inicial do homem. No final ele demonstra que Hípias não respondeu a pergunta “o que é a beleza”, mas apenas citou coisas que pala ele eram belas. Entretanto, antes que entrasse em outro de seus métodos, denominado maiêutica, voltado para discursão, Hípias vai embora.
A segunda cena é quando ele conversa com um jovem que julgava seu pai e Sócrates pergunta a ele o que é piedade, a passo que ele responde que é aquilo que é do agrado dos deuses. Entretanto, Sócrates faz diversas perguntas que apontam diversos pontos que contradizem totalmente sua resposta inicial. Mas quando retorna a perguntar o que é realmente a piedade, o menino também foge da discursão.
Outra linha do método era a maiêutica, onde Sócrates, utilizando a analogia do parto referindo-se à sua mãe que era parteira, fazia “nascer” ideias novas e o verdadeiro conhecimento. Ele discutia com as pessoas e contra-atacava com uma série de argumentos que, com seu senso de humor, confundia os interlocutores. E obviamente as ideias de Sócrates possuíam mais fundamento e de certo modo estavam mais certas que a dos outros.
Há uma cena onde se pode perceber a maiêutica quando um de seus seguidores coloca a questão de que Crítias, um dos homens que Sócrates ensinou que era um dos governantes de Atena, era um tirano. Ele rebate argumentando com uma referência a um pastor e seu rebanho, fazendo com que eles não julgassem a todos os que ele ensinou em base alguns. Ele ainda continua rebatendo as questões colocadas por eles, mostrando como destruía as opiniões dos outros e definia um novo conceito para cada questão proposta.
Sócrates é levado a julgamento com a acusação de corromper a juventude da cidade. O que de fato ocorria, embora Sócrates apenas ensinasse o que julgava ser a verdade, e que na maioria das vezes era a própria. Os acusadores ainda argumentam que ele negava a divindade e o poder dos deuses atenienses, admitindo ter um próprio deus que guiava os seus pensamentos e palavras. Sua defesa fora bem sucedida em certos aspectos embora, o fato de afirmar a acusação feita de que possuía um deus interior que lhe orientava, tenha pesado em sua condenação: ele foi condenado à morte, tomando um veneno denominado cicuta.
Sócrates foi um homem de grande sabedoria que educou vários governantes de sua própria cidade, Atenas, e até mesmo Alexandre, o Grande, conhecido na história. Uma de suas frases mais lembradas e utilizadas em seu método é conhecida até hoje, “Só sei que nada sei”. Entretanto muitos não concordavam com suas ideias e ele acabou utilizando apenas a verdade de seus atos em seu julgamento, condenando a si mesmo, já que a verdade era um perigo para os governantes de sua cidade.  Mas ninguém pode negar que Sócrates mudou a história.

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