Sócrates
“O
único bem é a sabedoria e o único mal é a presunção de saber.”
O filme “Sócrates” retrata a vida desse grande
filósofo da Grécia Antiga, que viveu em Atenas. O filme mostra como Sócrates
ensinava nas ruas e praças da cidade e como muitos o consideravam um perigo,
podendo-se concluir quão grande podia ser a modificação dos pensamentos das
pessoas sob sua influência. De certo modo, suas opiniões demonstravam uma
afronta contra o governo e aos deuses da cidade grega, embora suas palavras
tivessem grande sabedoria.
Seu conhecido “método socrático” era dividido
em duas linhas de discursões filosóficas. Um deles era a Ironia onde ele dizia
que nada sabia, destacando a sua “falsa ignorância” e fazia uma série de
perguntas que destruíam a ideia antes proposta.
Há duas cenas que retrata esse seu modo de
mudar a opinião do outro. Uma delas é a que ao ver Hípias indo em direção ao
Ginásio dar um dircurso sobre a genealogia dos heróies, eles conversam.
Sócrates pergunta o que é a beleza para ele e através das respostas ele vai
fazendo novas perguntas que contradizem o argumento inicial do homem. No final
ele demonstra que Hípias não respondeu a pergunta “o que é a beleza”, mas
apenas citou coisas que pala ele eram belas. Entretanto, antes que entrasse em
outro de seus métodos, denominado maiêutica, voltado para discursão, Hípias vai
embora.
A segunda cena é quando ele conversa com um
jovem que julgava seu pai e Sócrates pergunta a ele o que é piedade, a passo
que ele responde que é aquilo que é do agrado dos deuses. Entretanto, Sócrates faz
diversas perguntas que apontam diversos pontos que contradizem totalmente sua
resposta inicial. Mas quando retorna a perguntar o que é realmente a piedade, o
menino também foge da discursão.
Outra linha do método era a maiêutica, onde
Sócrates, utilizando a analogia do parto referindo-se à sua mãe que era parteira,
fazia “nascer” ideias novas e o verdadeiro conhecimento. Ele discutia com as
pessoas e contra-atacava com uma série de argumentos que, com seu senso de
humor, confundia os interlocutores. E obviamente as ideias de Sócrates possuíam
mais fundamento e de certo modo estavam mais certas que a dos outros.
Há uma cena onde se pode perceber a maiêutica
quando um de seus seguidores coloca a questão de que Crítias, um dos homens que
Sócrates ensinou que era um dos governantes de Atena, era um tirano. Ele rebate
argumentando com uma referência a um pastor e seu rebanho, fazendo com que eles
não julgassem a todos os que ele ensinou em base alguns. Ele ainda continua rebatendo
as questões colocadas por eles, mostrando como destruía as opiniões dos outros
e definia um novo conceito para cada questão proposta.
Sócrates é levado a julgamento com a acusação
de corromper a juventude da cidade. O que de fato ocorria, embora Sócrates
apenas ensinasse o que julgava ser a verdade, e que na maioria das vezes era a
própria. Os acusadores ainda argumentam que ele negava a divindade e o poder
dos deuses atenienses, admitindo ter um próprio deus que guiava os seus
pensamentos e palavras. Sua defesa fora bem sucedida em certos aspectos embora,
o fato de afirmar a acusação feita de que possuía um deus interior que lhe
orientava, tenha pesado em sua condenação: ele foi condenado à morte, tomando um
veneno denominado cicuta.
Sócrates foi um homem de grande sabedoria que
educou vários governantes de sua própria cidade, Atenas, e até mesmo Alexandre,
o Grande, conhecido na história. Uma de suas frases mais lembradas e utilizadas
em seu método é conhecida até hoje, “Só sei que nada sei”. Entretanto muitos
não concordavam com suas ideias e ele acabou utilizando apenas a verdade de
seus atos em seu julgamento, condenando a si mesmo, já que a verdade era um
perigo para os governantes de sua cidade.
Mas ninguém pode negar que Sócrates mudou a história.
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